quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

10o. Mandamento - Não cobiçar as coisas alheias



"NÃO COBIÇARÁS ... COISA ALGUMA QUE PERTENÇA AO TEU PRÓXIMO" (Ex 20, 17)



O décimo mandamento se refere e proíbe a cobiça dos bens dos outros, raiz do roubo e da fraude, que o sétimo mandamento proíbe. O décimo mandamento resume, junto com o nono, a cobiça e a inveja sob o preceito da Lei de Moisés.



Nós desejamos aquilo que não temos. Por exemplo, comer quando temos fome, ou nos aquecermos quando temos frio. Estes desejos não são maus, mas muitas vezes extrapolam os limites da razão e nos fazem desejar injustamente aquilo que não é nosso. O Décimo mandamento nos proíbe o desejo sem limite por coisas e propriedades, a ganância em querer sem limite os bens terrenos; proíbe a cobiça desmedida vinda da paixão pelas riquezas e de seu poder. Esquecemos e desprezamos o SER pelo TER. Quando desejamos obter as coisas dos outros, ou semelhantes, de modo justo, não violamos este mandamento.

Aqui temos as características das pessoas que mais devem lutar contra essa cobiça:

- Os que não se importam que seus semelhantes vivam na miséria para eles próprios obtenham lucro, quer vendendo ou comprando.
- A inveja é um vício capital (grave). Designa a tristeza sentida diante do bem do outro e do desejo desmedido de sua apropriação. Ao desejar um mal grande ao outro, cometemos um pecado mortal. Santo Agostinho via na inveja "o pecado diabólico por excelência". Dela nascem o ódio, maledicência, calúnia, alegria causa com a desgraça do outro e o desprazer causado pela sua prosperidade. A Inveja é contrária a caridade.
A pobreza de coração
Jesus disse a seus discípulos para preferi-lo a tudo e a todos por causa dele e do Evangelho. Ele deu-lhes o exemplo da pobre viúva de Jerusalém, de usa indulgência, deu tudo o que possuía para viver. Os desprendimento das riquezas é primordial para se entrar no Reino. "Bem-aventurados os pobres em espírito" (Mt 5, 3).
Ser "pobre em espírito" é dedicar-se totalmente a uma humildade voluntária de espírito e sua renúncia. Infelizmente o orgulhoso procura o poder terreno, ao passo que o pobre em espírito busca o Reino dos Céus. O abandono nas mãos da providência do Pai do Céu, nos liberta da preocupação do amanhã. A confiança em Deus pré dispõe para a bem aventurança dos pobres.

O desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego desmedido aos bens terrenos, que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. A promessa de ver a Deus ultrapassa todas as bem- aventuranças, na Escritura ver é possuir. Aquele que vê Deus obteve todos os bens que se pode imaginar. Para possuir e contemplar a Deus, os fiéis de Jesus Cristo devem mortificar (dar morte) a sua inveja e a superar, com a graça de Deus.

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